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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Cinturão Vermelho

Título Original: Redbelt (2008)
Com: Chiwetel Ejiofor, Alice Braga, Emily Mortimer, Tim Allen, Rodrigo Santoro, Joe Mantegna, Ricky Jay e John Machado
Direção e Roteiro: David Mamet
Duração: 99 minutos


Nota: 3 (bom)

Quem for assistir ao filme “Cinturão Vermelho” precisa tomar cuidado com a estratégia usada pela distribuidora do filme aqui no Brasil. Colocaram a foto de Alice Braga e Rodrigo Santoro bem grande no cartaz chamando a atenção para a presença deles, sendo que eles são personagens secundários da história. Isso acaba confundindo os mais desasvisados que podem resolver assistir o filme se tratando de uma nova produção nacional e irão quebrar a cara, como eu vi acontecer na sessão em que fui conferir.

Na verdade o filme é norte-americano, novo trabalho do roteirista e diretor David Mamet. Ele é mais conhecido pelo roteiro de “Os Intocáveis”, mas fez bons filmes como “O Assalto” de 2001. A história fala sobre artes-marciais, mais precisamente o jiu-jitsu, e tem referências ao Brasil além da presença já citada de atores nacionais.

O protagonista da história é Terry, vivido pelo ator Chiwetel Ejiofor, um professor de jiu-jitsu que tem uma academia onde ensina policiais. Ele irá viver um confronto entre a filosofia oriental da luta e o capitalismo do ocidente. Ele é casado com Sondra (Alice Braga) e está numa crise financeira tendo que acabar pedindo ajuda para o irmão dela (Rodrigo Santoro), mas acaba encontrando uma oportunidade de ganhar dinheiro. No final das contas acaba se metendo numa teia de casualidades e confusões que irão colocar sua filosofia de vida em dúvida.

O roteiro de Mamet constrói uma teia de atos e conseqüências bem interessante, mas não tão bem construída como em outros filmes seus, como o já citado “O Assalto”. Mesmo assim a história explora bem o lado psicológico dos personagens, mostrando mais a dramaturgia do diretor.

Mamet pratica o jiu-jitsu há anos e por causa disso dedica extrema atenção as cenas de luta e também a filosofia da luta. Com um baixo orçamento para os padrões americanos, 7 milhões de dólares, o filme aposta mais na história e no seu elenco. Mesmo com alguns pequenos defeitos o resultado é um bom filme e mostra bem a paixão do cineasta pela luta.

Um comentário:

Anônimo disse...

A distribuidora está certíssima, tem que vender o peixe dela com as armas que tem. Não é culpa dela que o público brasileiro de cinema em geral despreze o mínimo de boa informação. O próprio cartaz do filme deixa claro que é uma produção americana. A propósito, "Spartan", também de David Mamet, também é muito bom.