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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Foi Apenas Um Sonho

Título Original: Revolutionary Road (EUA/Reino Unido, 2008)
Com: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Kathy Bates e Michael Shannon
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Justin Haythe
Duração: 119 minutos


Nota: 3 (bom)

A dupla Leonardo DiCaprio e Kate Winslet volta a protagonizar um filme juntos após quase 12 anos do mega sucesso de “Titanic”. Mas não esperem que “Foi Apenas Um Sonho” seja um filme romântico água com açúcar. Trata-se de um drama de um casal dos anos 50. O título em português acaba até estragando um pouco da história. O nome original, “Revolutionary Road”, é o nome da rua onde eles moram.

O filme é uma adaptação de um romance de Richard Yates e mostra a história do casal Frank (DiCaprio) e April (Winslet), desde quando se conheceram até o casamento, quando vão morar no subúrbio de Nova York. Ele tem um bom emprego, enquanto ela fica em casa tomando conta dos 2 filhos.

O drama começa quando ela passa por uma crise, um vazio existencial em relação vida suburbana americana. Ela então tem a idéia deles abandonarem tudo e ir morar em Paris, onde ela iria trabalhar enquanto ele decidia o que ia fazer da vida. Fica então aquela dúvida de largar ou não o certo pela busca de um sonho.

O diretor Sam Mendes, que curiosamente é marido de Winslet (imaginem DiCaprio filmando cenas de beijos com a mulher dele), já abordou essa tema da crise existencial da classe média americana em “Beleza Americana”. Aqui a abordagem é nos anos 50, onde os valores eram um pouco diferentes, e não tem o mesmo bom humor do personagem de Kevin Spacey. A situação do casal aqui é levada em um tom bem mais dramático.

No meio desse drama a interpretação dos atores, principalmente da dupla protagonista, se destaca e é o que mais chama a atenção no filme. Winslet até ganhou o Globo de Ouro esse ano por esse papel, mas no Oscar acabou sendo indicada por “O Leitor”, enquanto DiCaprio foi mais uma vez ignorado pela Academia.

Acabou ficando com 3 indicações, 2 técnicas de direção de arte e figurino, e outra que merece destaque. O ator Michael Shannon, que mesmo com pouco tempo na tela rouba a cena sempre que aparece.

O resultado é um bom filme, um bom drama, mas que fica apenas na média, apesar de ter alguns ótimos momentos. Sam Mendes, que é oriundo do teatro, mostra seu talento mais uma vez com o elenco, mas a história acaba não trazendo nada de novo.


3 indicações ao Oscar 2009:
Ator coadjuvante: Michael Shannon
Direção de arte: Kristi Zea (direção de arte, Debra Schutt (decoração de set)
Figurino: Albert Wolsky

Indicados ao Oscar 2009 já comentados aqui no blog

7 comentários:

Marcio Melo disse...

é man, acho que esse vou deixar passar!

Não me interessei muito em assistir

Nanda Assis disse...

vc comenta muito bem sobre filmes de uma maneira agradável de se ler.

bjosss...

Tucha disse...

O filme é denso e faz uma profunda reflexão sobre os sonhos ou projetos de vida, e como consilia-los nums vida a dois.

Maína Pinillos Prates disse...

Achei interessante a diretor ter vindo do teatro, se percebe muito no filme essa influência.
Médio mesmo, nem se compara a Beleza Americana.

Anônimo disse...

Eu gostei da ideia do filme, mas acabei achando meio monotono

Anônimo disse...

A Isabela Boscov quando escreveu a crítica desse filme, fez uma analogia com uma série de TV que se passa na mesma época: "Mad Men". Já tô assistindo a primeira temporada e a série é excelente. Recomendo!

Anônimo disse...

Oxe Ramon... esse filme não é pouco bom não, é muito bom! Aliás, a seleção do Oscar esse ano foi muito boa. Enfim...estilos...rs...