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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Maré de Azar

Título Original: Extract (EUA , 2009)
Com: Jason Bateman, Ben Affleck, JK Simmons, Mila Kunis, Kristen Wiig, Clifton Collins Jr., Dustin Milligan, David Koechner, Gene Simmons e Beth Grant
Direção e Roteiro: Mike Judge
Duração: 92 minutos

Nota: 3 (bom)

O diretor Mike Judge arrisca mais uma tentativa no cinema após ter sido totalmente desprezado pela Fox com o filme “Idiocracy”. Seus sucessos foram apenas na televisão com as animações “Beavis and Butthead” e “O Rei do Pedaço”. Em “Maré de Azar” ele tenta fazer um filme mais acessível aos padrões de Hollywood, mas ainda não foi dessa vez que ele conseguiu sucesso comercial.

O filme conta a história de Joel (Jason Bateman), um químico dono de uma fábrica de extratos. Como o título em português já entrega, o personagem está passando por uma maré de azar. Ele quer vender a fábrica, mas um acidente com um dos funcionários pode prejudicar os negócios. Além disso, ele está com problemas com seu casamento. A sorte parece mudar com a chegada de Cindy (Mila Kunis), uma nova funcionária bonita e interessada, mas que na verdade é uma golpista.

O grande destaque são os personagens e o elenco. Um humor um pouco fora do comum, sobre pessoas simples e gente comum. Todos são um pouco estereotipados, mas essa é a graça. O tom das piadas é sempre ácido e crítico, bem ao estilo de Judge, mas dessa vez em padrões mais aceitáveis ao grande público. O clima e a crítica ao ambiente de trabalho lembram bastante o primeiro filme do diretor, “Como enlouquecer seu chefe” que é o seu melhor trabalho.

Quem acaba roubando a cena sempre que aparece acaba sendo Ben Affleck, um barman amigo do personagem principal que está sempre conversando sobre os problemas dele e dando conselhos bem sem noção, além de ter um visual bem a vontade de barba e cabelo comprido. Outro destaque é a participação especial de Gene Simmons, baixista do Kiss, como um advogado.

O Jason Bateman também está muito bem em um de seus melhores papéis. Sua interpretação como protagonista faz com que a história seja verossímil com suas caras seja de surpresa tanto como coitado, por mais absurda que seja a situação na qual o seu personagem acaba se metendo.

No final das contas uma história simples, mas criativa junto com bons personagens e ótimos diálogos garante boas risadas com um bom resultado.

Um comentário:

Marcio Melo disse...

Me admira muito você falar que Ben Affleck rouba a cena com um personagem extramamente batido e previsível.

Aquela cena da maconha existe em dezenas de filmes como este também.

Ainda bem que quando fui assistir não sabia quem tinha feito o filme e nem toda a historinha por trás dele, se não poderia acabar relevando um monte de clichê e coisas previsíveis e daria uma nota como a sua hehehehe.

É um filme bem mais ou menos, não é ruim mas bom também não é.