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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Amor

Título Original: Amour (Áustria , 2012)
Com: Emmanuelle Riva, Jean-Louis Trintignant, Isabelle Huppert e Alexandre Tharaud
Direção e Roteiro: Michael Haneke
Duração: 125 minutos


Nota: 3 (bom)

O filme “Amor” do diretor Michael Haneke é daqueles que se ama ou odeia, mas eu consegui ficar no meio termo. A história fala sobre a velhice, de como viver o final da vida com alguma dignidade. Isso de maneira simples e direta, quase um “reality show” de verdade. Ou uma definição boa que eu ouvi de minha irmã: “o terror do drama da vida real”.

Iremos acompanhar Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva), um casal de idosos que terá que lidar com a doença de Anne. Tudo começa de repente, mas muda totalmente a rotina do casal. Aos poucos a situação vai piorando. E aí que vem o amor do título. Estar e cuidar da pessoa amada, isso sim é uma verdadeira prova de amor.

De maneira simples e realista o diretor constrói um drama interessante que pode causar bastante reflexão em quem está assistindo. É um tipo de drama que a maioria de nós tem muita chance de enfrentar de alguma forma. Seja por nós mesmos ou algum ente querido.

Mas apesar de ser um tema bastante universal, é interessante ver a forma europeia de se encarar esse drama. Principalmente na questão entre os filhos. A relação entre pais e filhos é bastante “fria”, pelo menos comparando com o nosso padrão brasileiro.

O trabalho da dupla de protagonistas é impressionante, principalmente no caso de Riva no papel de Anne. Sua performance é brilhante, principalmente pela dificuldade do papel. E Haneke explora muito bem os seus atores. Ainda mais que alguns recursos técnicos do cinema, como a trilha sonora, não são utilizados pelo diretor em nome de um maior realismo.

Amor” não foi feito para ser um filme fácil, logo não é um filme fácil de agradar as grandes plateias. Foi uma surpresa ver um trabalho como ser ser indicado ao Oscar de melhor filme. É bom ver diretores que tentam fugir do comum e realizar trabalhos mais autênticos. Não que seja o estilo de filme que eu goste, mas sou humilde o suficiente para reconhecer seu objetivo e suas qualidades. E no que se propõe ele cumpre o que promete.

É uma história que mexe muito com as emoções e sem nenhum apelo melodramático artificial, apenas a força de uma história simples, dramática e real. Talvez não tenha me afetado tanto, mas não deixa de ser uma história bastante triste e ao mesmo tempo um pouco "bonita". Afinal de contas o amor não é apenas o romantismo adocicado, ele também está presente nos momentos mais tristes, como numa doença.

3 comentários:

Marcio Melo disse...

Hum, é daquele sujeito que fez "A fita Branca" não é?

Seu filme anterior já tinha achado um pouco sonolento e chato, apesar de ter gostado.

Vou assistir este apenas pelo buzz, interesse confesso que nem tenho muito.

Tucha disse...

Vi o filme ontem e a sua crítica está perfeita, é um filme sobre o amor no seu sentido mais pleno, do companheirismo, da parceria. Doloroso, dramático mas sobretudo realista.

Kid Nero disse...

Assisti esse filme semana passada e achei super chato,piegas e boboca.Dramalhão lacrimoso com ares de "sabedoria".
Querem ver um muito melhor? O argentino O Filho da Noiva, de 2001.Terno,inteligente e mais realista que esse melodrama babão.