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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O Lado Bom da Vida

Título Original: Silver Linings Playbook (EUA, 2012)
Com: Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Jacki Weaver, Chris Tucker, Dash Mihok, Julia Stiles, John Ortiz, Anupam Kher, Shea Whigham e Brea Bree
Diretor e Roteiro: David O. Russell
Duração: 122 minutos


Nota: 5 (excelente)

Seria muito fácil classificar o filme “O Lado Bom da Vida” como uma comédia romântica, mas graças a direção de David O. Russell (O Vencedor) e o incrível elenco mostram que na verdade a coisa não é tão “simples” assim.
A começar pelos protagonistas da histórias que sofrem de sérios problemas emocionais. Primeiro temos Pat (Bradley Cooper - "Se beber, não case") um homem que está saindo de um hospital psiquiátrico após 8 meses internado graças a um ataque de fúria que teve ao ver sua esposa com outro homem. Descobrimos que ele é bipolar e está voltando para casa com o objetivo de voltar a sua antiga vida, principalmente reconquistar sua esposa.

Sua tentativa de voltar a vida normal não vai ser fácil, principalmente no seu relacionamento com seus pais que tentam dar apoio em sua recuperação. Mas nesse caminho ele acaba conhecendo Tiffany (Jennifer Lawrence - "Jogos Vorazes"), uma mulher que perdeu o marido recentemente e lida com isso de maneira bem peculiar.

Aí começa a parte “romântica” da história. Será que esses 2 “doidinhos” irão conseguir se ajudar? Ele quer a esposa de volta e ela quer um parceiro para um concurso de dança. Mas nesse percurso o objetivo deles acaba mudando. E será que esses 2 apesar dos problemas mentais e emocionais irão conseguir criar uma relação bem sucedida?

O filme, assim como o personagem bipolar de Pat, tem mudanças de tom durante seu desenvolver. Então passamos de cenas mais pesadas e dramáticas para outras mais leves e engraçadas.

Afinal o tema da recuperação da doença é algo bastante crítico e poderia facilmente cair no melodrama. Mas não é esse o objetivo do diretor. Ele queria mostrar que mesmo essas pessoas com esses “problemas” conseguem viver uma vida normal de alguma forma. Ele se interessou pela história pelo fato do seu filho sofrer da doença.

E apesar do tema complicado, a maneira como o roteiro trata as situações faz com que tenhamos simpatia pela história e pelos protagonistas. A direção bastante sensitiva e o excelente elenco fazem com que esse balanço entre drama e comédia funcionem muito bem. Quando chegamos na parte final onde a fórmula das comédias românticas é bem utilizada, ainda assim ele conseguiu fugir dos principais clichês e já conquistou a plateia com o ótimo carisma dos personagens.

O elenco merece todos os elogios. Quem diria que Cooper daria conta de um papel complexo e se revela um ótimo ator. Já Lawrence se consolida ainda mais como uma grande atriz, apesar de ter apenas 22 anos. Sem dúvidas ela é o grande destaque do elenco. E como é bom ver Robert De Niro entregar uma ótima atuação, ele estava precisando de um papel desses como o pai do personagem Pat. Completa o elenco Jacki Weaver, como a mãe, que também merece elogios. E olha que ainda sobra espaço para papéis menores brilharem, como por exemplo a participação de Chris Tucker (A Hora do Rush 3).

2 comentários:

Tucha disse...

Gostei do filme, consegue abordar o transtorno mental de forma adequada, sem esconder as complicações, as dificuldades.

Marcio Melo disse...

Excelente, este vai figurar na lista de melhores de muita gente hein?