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terça-feira, 23 de abril de 2013

Therese D.

Título Original: Thérèse Desqueyroux (França , 2012)
Com: Audrey Tautou, Gilles Lellouche, Anaïs Demoustier, Catherine Arditi, Isabelle Sadoyan, Francis Perrin, Jean-Claude Calon, Max Morel e Françoise Goubert
Direção: Claude Miller
Roteiro: Claude Miller e Natalie Carter
Duração: 110 minutos


Nota: 2 (regular)

O filme “Therese D.” é uma nova adaptação do clássico romance francês de 1927 escrito por François Mauriac. Em 1962 o próprio autor colaborou com o diretor Georges Franju para adaptar ao cinema sua obra que tinha Emmanuelle Riva (Amor) como protagonista. Agora é a vez de Audrey Tautou (a eterna Amélie Poulain) dar vida a personagem título.

O livro não segue uma narrativa linear e começa com o julgamento da personagem principal acusada de envenenar o marido e em flashbacks tenta responder o que teria levado a mulher a tentar matar seu marido. Já na nova versão do diretor Claude Miller ele cria uma narrativa tradicional começando com a adolescência da personagem mas com o mesmo objetivo que é tentar mostrar o que teria levado a mulher a cometer uma tentativa de assassinato.


O problema é que essa narrativa linear acaba deixando o ritmo do filme bastante arrastado e um pouco cansativo. E isso acaba prejudicando bastante o filme que tinha bastante potencial.

O grande destaque é a atuação de Audrey Tautou. Ela consegue criar um personagem bem interessante ao mostrar suas contradições e como ela parece estar sempre “distante” das coisas. Therese é uma mulher que casa por conveniência de família, mas ao descobrir que sua melhor amiga, que também é irmã do seu marido, está apaixonada ela começa a perceber que tem algo de errado com sua vida.

O visual do filme também é muito bonito ao mostrar a paisagem do sudoeste da França com seus pinheiros característicos e que são o verdadeiro motivo do casamento da personagem.
Esse filme também marca o último trabalho do veterano diretor Claude Miller que faleceu durante a pós-produção filme. Mas confesso a minha ignorância de não conhecer sua filmografia e também de não conhecer o livro que aqui foi adaptado.

A história tinha potencial, mas o ritmo meio chato e cansativo acaba prejudicando o resultado final mesmo com uma ótima atuação de Tautou. E o filme peca por tentar explicar demais as motivações da personagem de maneira insatisfatória.

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