propaganda

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Azul é a Cor mais Quente

Título Original: La Vie d'Adéle (França , 2013)
Com: Adèle Exarchopoulos, Léa Seydoux, Salim Kechiouche, Benjamin Siksou e Mona Walravens
Direção: Abdellatif Kechiche
Roteiro: Abdellatif Kechiche e Ghalia Lacroix baseado na HQ de Julie Maroh
Duração: 180 minutos


Nota: 4 (ótimo)

O filme “Azul é a Cor mais Quente” chamou a atenção do mundo após ganhar a Palma de Ouro  no Festival de Cannes de 2013 e causou polêmica graças a cenas de sexo bastante explícitas entre as protagonistas do filme.

Baseado na HQ de Julie Maroh o filme conta a história de Adele (Adèle Exarchopoulos), uma jovem que está começando a descobrir sua sexualidade e ainda tem dúvidas. Ela acaba conhecendo Emma (Léa Seydoux), uma jovem um pouco mais velha que ela de cabelos azuis e que é lésbica. É paixão a 1ª vista, literalmente mostrada em uma determinada cena.

A trama é dividida basicamente em 2 partes. Na 1ª conheceremos Adele e depois Emma e vamos ver como elas se conhecem e se apaixonam. Já na 2ª iremos ver as duas morando juntas e a evolução do seu amor e também início de alguns conflitos.

O diretor Abdellatif Kechiche tem um estilo bem cru de filmar. Então o filme segue um tom bem simples e realista de contar a história. Uma das coisas que me incomoda é que ele gosta de usar muitos closes. Então o tempo todo estamos próximos das personagens. No início isso é muito estranho, mas depois acaba acostumando.

O lado bom desse jeito de filmar é que estamos sempre vendo os detalhes das cenas. Então o elenco é muito mais exigido e todas as suas reações e expressões são valorizadas. Inclusive, sem dúvidas a principal qualidade do filme são as 2 atrizes Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux. Elas dão vida as personagens de maneira bem intensa e interessante. Sem suas grandes atuações e química e carisma entre eles o filme não funcionaria.

Quanto a “polêmica” cena de sexo, acho que elas são importantes dentro do contexto do filme em mostrar essa história de amor não entre duas mulheres, mas sim entre 2 seres humanos, com bastante realismo e emoção. E sexo faz parte dessa paixão, então ela tinha que ser mostrada também de maneira realista.

O desenvolvimento da trama é bem interessante ao mostrar as diferenças entre as personagens. Enquanto uma, Emma, aceita facilmente que é lésbica a outra, Adele, ainda não sabe direito como lidar com esse sentimento com as pessoas ao seu redor como sua família e amigos. Mas o amor e paixão fala mais alto já que elas querem ficar juntas.
Uma outra coisa que incomoda um pouco é a duração do filme. Eu entendo os motivos que levaram o diretor a fazer a história com 3 horas de duração já que temos uma história com 2 partes como falei. E dessa forma ele consegue desenvolver bem a história e as personagens. Mas talvez se tivesse dividido em 2 filmes funcionasse melhor pois acaba ficando um pouco cansativo. Ainda sim o resultado é um filme que mostra a paixão entre duas pessoas de forma nua e crua, quase próximo do mundo real.

Um comentário:

Marcio Melo disse...

Ou dois filmes ou duas horinhas tava bom né gente?

Só de sexo deve ter 45 minutos uhauhah