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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ela

Título Original: Her (EUA , 2013)
Com: Joaquin Phoenix, Scarlett Johansson, Rooney Mara e Amy Adams
Direção e Roteiro: Spike Jonze 
Duração: 126 minutos

Nota: 5 (excelente)

Quando li pela 1ª vez sobre o filme “Ela” eu sabia que ia ser sensacional. A sinopse era muito boa: homem se apaixona pelo seu sistema operacional. Eu que sou da área de informática achei isso o máximo. Ainda mais que estamos falando de um filme de Spike Jonze, um dos diretores mais criativos e interessante da atualidade responsáveis por grandes filme como “Adaptação”, “Quero ser John Malkovich” e "Onde Vivem os Monstros".


A sinopse simplifica bem a história, mas não é só isso. Estamos em um futuro não muito distante e iremos conhecer Theodore (Joaquin Phoenix), um homem que tem um emprego bastante peculiar. Ele é um escritor de cartas. As pessoas o contratam para mandar mensagens para outras porque ele consegue se expressar melhor. O rapaz anda meio deprimido e ainda tentando se recuperar do seu último relacionamento. Andando na rua ele vê o anuncio de um novo sistema operacional com inteligência artificial e resolve adquirir o produto. 

Após algumas perguntas na hora de instalação o sistema está pronto para se comunicar. Ele se autodenomina Samantha (voz de Scarlett Johansson) e tem a personalidade feminina e começa a organizar totalmente a vida de Theodore. Assim começa um relacionamento bastante peculiar e interessante que acaba virando um romance.

A grande sacada de Jonze, dessa vez também escrevendo o roteiro além de dirigir, é criar uma incrível fábula sobre o amor nos tempos da tecnologia. O que é o amor? São apenas estílumos enviados a seu cérebro? Uma química no seu corpo? É possível um programa de computador ter sentimentos? Esses são apenas alguns dos questionamentos que o filme traz. E ele consegue fazer isso de maneira incrível com o jeito inovador, peculiar, criativo e sensacional, sem falar na sensibilidade e beleza da história, que só ele seria capaz.

Uma história sensacional dessas só funcionaria com um ótimo elenco. Dessa forma Joaquin Phoenix (O Mestre) entrega uma ótima performance e se mostra um ator cada vez melhor e mais versátil. E Scarlett Johansson (Como Não Perder Essa Mulher) apesar de não aparecer na tela consegue fazer um trabalho tão bom que é como se ela tivesse em cena. 

Curiosamente quem fez a voz originalmente foi a atriz Samantha Morton (O Mensageiro), que inclusive estava presente nos sets de filmagem, mas o diretor achou melhor mudar a voz durante a pós-produção e chamou Scarlett para o trabalho. 

Vale destacar também as presenças de Rooney Mara (Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres) e Amy Adams (Trapaça) que apesar do pouco tempo em cena também entregam ótimas atuações.
O resultado é um um filme maravilhoso que consegue retratar muito bem uma história de amor nos tempos da tecnologia. Um fábula moderna e criativa que equilibra bem a emoção e drama com pequenos toques de comédia. Mais um ótimo trabalho de Spike Jonze que agora além de se consagrar como um dos diretores mais interessantes da atualidade ainda se revela um grande roteirista.

Um comentário:

Marcio Melo disse...

Ao contrário de você não esperava de antemão que o filme fosse ser sensacional apesar dos nomes envolvidos.

Mas sem dúvida é um filme maravilhoso e um dos melhores do ano.