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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Robocop

Título Original: Robocop (EUA, 2014)
Com: Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton, Samuel L. Jackson, Abbie Cornish, Jackie Earle Haley, Michael K. Williams, Jennifer Ehle e Jay Baruchel
Diretor: José Padilha
Roteiro: Joshua Zetumer
Duração: 118 minutos


Nota: 4 (ótimo)

Quando foi anunciado um remake do filme “Robocop” obviamente fiquei com o pé atrás, mas quando o diretor José Padilha assumiu o projeto fiquei bem interessado no resultado. Remakes são sempre um problema seja por ser diferente demais ou por ser igual ao original e sem necessidade.

Aqui Padilha conseguiu um ótimo resultado que é ao mesmo tempo diferente, mas mantém os principais elementos da história original. Apesar de não trazer nada de novo a trama ele conseguiu atualizar bem o contexto da história.

Em seu 1º trabalho em Hollywood fica difícil saber o quanto Padilha conseguiu colocar no filme exatamente do jeito que ele queria. Mas é possível sim ver sua influência e seu estilo como diretor presentes. A trama inclusive parece uma mistura de “Tropa de Elite”, com o tema misturando política com polícia e exército, com elementos do filme original. E seu jeito de filmar as cenas de ação continua o mesmo.

A história se passa em 2028 e os EUA estão utilizando robôs para ajudar o exercito, mas eles ainda não podem ser utilizador dentro do país. Então o CEO da Omnicorp Raymond Sellars (Michael Keaton) resolve tentar colocar um homem dentro do robô. E o candidato a experiência acaba sendo Alex Murphy (Joel Kinnaman), um policial honesto e que sofre um atentado que o deixa próximo de morrer e essa acaba sendo uma chance dele continuar vivo.

Uma das poucas coisas que o remake consegue ser melhor que o original é na construção do personagem. O filme gasta bastante tempo mostrando toda a preparação, treino e coisas do tipo do Robocop. E toca em temas interessantes sobre se sua consciência deve ajudar ou não, já que essa é a principal diferença entre ele e uma máquina qualquer.

O elenco é bem interessantes e tem bons nomes além dos já citados como Gary Oldman, Samuel L. Jackson, Jackie Earle Haley e Jay Baruchel. Talvez o nome mais fraco que chega a prejudicar um pouco é Abbie Cornish como a esposa de Murphy, mas ela não chega a comprometer.

O filme original era uma mistura de crítica e sátira a sociedade dos EUA. Já o filme de Padilha é bem mais sério, mas continua crítico. Talvez não tanto quanto Tropa de Elite, mas ele chega perto. Mas com o intuito de fazer um blockbuster sem deixar seu lado sério de lado até que o filme consegue achar um bom equilíbrio.

Outro detalhe importante é que com o objetivo de alcançar uma censura mais baixa e com isso um público maior, a violência desse novo filme ficou muito mais light que o original. Mas eu entendo os motivos dessas mudanças já que a responsabilidade em conseguir ter uma boa arrecadação é muito alta. Mas que bom que mantiveram a música tema do personagem numa versão mais atualizada que ficou muito boa.

Um comentário:

Marcio Melo disse...

Não achei o resultado ótimo não, Padilha acertou em algumas coisas como discutir a questão política e do controle da mídia, etc, mas faltou o principal no filme: Eu me importar com os personagens e ser envolvido pela história.

Faltou emoção, muita.