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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Praia do Futuro

Título Original: Praia do Futuro (Brasil, Alemanha, 2014)
Com: Wagner Moura, Clemens Schick, Jesuita Barbosa, Savio Ygor Ramos, Sophie Charlotte Conrad e Natascha Paulick
Direção: Karim Aïnouz
Roteiro: Karim Aïnouz e Felipe Bragança
Duração: 90 minutos

Nota: 4 (ótimo)

Após assistir ao filme “Praia do Futuro” preciso correr atrás da filmografia do diretor cearense Karim Aïnouz. O único que eu já vi foi “Madame Satã”, mas ele fez trabalhos como "O Céu de Suely" e "O Abismo Prateado". Aqui ele tem talvez o maior “astro” do cinema nacional atual como protagonista: Wagner Moura. E isso já chama bastante a atenção do do grande público. 


Mas os “desavidos” podem ter uma “surpresa” durante a sessão. Na minha algumas pessoas saíram durante a exibição. Os motivos? Talvez pelo ritmo mais “lento” e de poucas palavras do diretor. Mas é bem capaz do principal ter a ver com a sexualidade do filme. Trata-se de uma história de amor homossexual entre 2 homens. Ainda existe muito preconceito com o tema e felizmente o filme trata dele com naturalidade e sem esteriótipos, inclusive não citando a questão do preconceito. 

A trama é divida em 3 capítulos e começa na praia do título que fica em Fortaleza. Wagner Moura vive Donato, um bombeiro que trabalha como salva-vidas na praia. Durante um resgate ele não consegue salvar uma das vítimas. Então em consideração ele vai pessoalmente contar ao outro sobrevivente sobre o ocorrido e surge uma atração entre os 2. O outro homem é Konrad (Clemens Schick), um alemão motociclista. Basicamente os capítulos são: 1º eles se conhecem, 2º eles resolvem se juntar e ir morar na Alemnha e 3º as consequências familiares dessa escolha.

Obviamente que a primeira coisa que chama a atenção no filme é a questão da sexualidade entre os homens. Como falei anteriormente é bom ver que o cineasta trate o tema de maneira bem natural e sem caricaturas. Assim os outros temas que vão surgindo sobre as escolhas que se faz em nome de uma paixão soem tão interessantes. Afinal de contas sair de sua cidade natal nem sempre é algo simples. Como por exemplo um detalhe que Donato se pergunta se conseguirá viver num lugar que não tem praia.
O que me chamou a atenção no filme é como o diretor vai construindo a narrativa sem muitas palavras confiando mais na imagem. Ele conseguiu realizar um trabalho muito interessante. E para isso funcionar o elenco e a fotografia acabam virando peças fundamentais. Apesar de perder um pouco a força na 3ª parte o resultado é uma grata surpresa, principalmente dentro do cinema nacional. Pena que graças as questões citadas esse seja um filme que dificilmente irá agradar o grande público.

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