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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Transformers - A Era da Extinção

Título Original: Transformers: Age of Extinction (EUA/China , 2014)
Com: Mark Wahlberg, Nicola Peltz, Jack Reynor, Kelsey Grammer, Stanley Tucci, Titus Welliver, T.J. Miller, Thomas Lennon, Sophia Myles, Bingbing Li e as vozes de Peter Cullen, John Goodman, Ken Watanabe, Robert Foxworth, Mark Ryan e Frank Welker
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger
Duração: 165 minutos

Nota: 1 (ruim)

Confesso que estava com preguiça em ir assistir “Transformers - A Era da Extinção”, mas a “obrigação nerd” acabou falando mais alto e foi conferir ao novo filme da franquia. A crítica continua detonando e o público dando dinheiro (me incluo nas 2 categorias), então quem está certo? Michael Bay é um “gênio” do entretenimento ou o público não sabe o que quer? Vou tentar falar sobre os 2 lados.


Acho que Michael Bay deveria fazer duas coisas antes de fazer um novo filme do Transformers:
1° - Ir na atração “Transformers: The Ride” parque da Universal na Flórida que em pouco menos de 5 minutos consegue dar aos fãs da franquia exatamente o que eles querem que é ver os Transformers em ação. O brinquedo tem apenas o essencial necessário.
2° - assistir ao filme “Círculo de Fogo” de Guillermo del Toro e aprender como se fazer um filme de robôs gigantes de verdade focando nas cenas de luta e ação.

Voltamos agora para falar de Transformers 4. Um dos poucos problema que foram “resolvidos” em relação aos 2 filmes anteriores são os personagens humanos. Sai Shia LaBeouf e entra Mark Wahlberg que é mais carismático e funciona melhor em filmes de aventura. E dessa vez os humanos ganham mais “utilidade” na trama e até participam e ajudam os Transformers do bem. Mas infelizmente temos o mesmo problema que eu não canso de reclamar dos filmes da franquia. Eu paguei o ingresso do cinema para ver os Transformers em ação e não os humanos. Mas Michael Bay insisti em concentrar a ação nos humanos deixando os robôs em segundo plano e isso incomoda bastante.
Em compensação um problema grave foi piorado: a duração do filme. Parece que quanto mais filme melhor, mas infelizmente essa lógica não procede. Temos aqui o maior filme da franquia que chega perto das 3 horas de duração. E totalmente sem necessidade! Acaba deixando o filme arrastado e cansativo, ainda mais que é em 3D. Perde tempo com os “dramas” e a “história” quando podia condensar isso nas cenas de ação. Aqui eu falo por estar nesse meio termo entre o público e a crítica. Se o filme simplesmente entregasse grandes batalhas dos Transformes com cenas legais e divertidas todos os problemas poderiam se relevados. Mas infelizmente não é isso que acontece. Tanto que quando chegamos no clímax numa cena na qual temos Optimus Prime em cima de um dinossauro robô partindo para a briga eu já estava tão cansado que nem consegui me empolgar muito e queria que o filme acabasse logo. Isso sem contar que a cena em si poderia ter sido bem mais divertida e interessante.

Já que estou falando das cenas de ação, até que temos uma ou outra cena de lutas interessantes entre os robôs. Mas aí entra o problema que eu falei de focar nos humanos e não nas máquinas que irrita bastante. Outro problema são as câmeras lentas tentam dar “estilo” as cenas, mas que simplesmente não funcionam. Já as cenas de perseguições de carros em alguns momentos parece estar querendo imitar a franquia “Velozes e Furiosos”, mas em muito momentos parecem mais cenas de comercial dos carrinhos de brinquedo Hot Wheels com direito até a rampa (só faltou os loops).

A parte técnica que deveria ser o grande trunfo do filme também é ruim. Os efeitos especiais deixam bastante a desejar em alguns momentos. A fotografia é horrorosa e insiste em tentar utilizar a luz do pôr-do-sol de maneira estética mas sem conseguir de maneira eficiente. Outra coisa que me incomodou foi a trilha sonora que em muitos momentos atrapalhou o clima da cena criando algo diferente do que se via na tela utilizando músicas da banda Imagine Dragons.
Vou reclamar de só mais uma coisa: as “piadas” do roteiro. Todos os personagens do filme tem alguma piada ou frase de efeito. Alias, parece que quase todas as falas são algo desse tipo. E para não dizer que eu sou chato, na sessão do filme que eu estava ninguém dava risada dessas piadinhas. Talvez por serem bem ruins ou sem graças, ou simplesmente chatas. Risadas só mesmo as involuntárias naqueles momentos mais toscos que não deveriam ser engraçados, mas acabam sendo.

Minha conclusão é que o filme é um pouquinho menos pior que o 2 e o 3, mas continua sendo bem ruim. E espero ter deixado claro que minhas reclamações são como fã dos Transformers e de filmes de ação e aventura, e não como “crítico chato”. Porque se eu fosse escrever como “crítico chato” ainda teriam muitas outras coisas para reclamar.

Um comentário:

Marcio Melo disse...

Você está ficando velho e se tornando um crítico chato, isso é um fato.

O tempo de duração realmente incomoda muito e é um filme que tem alguns outros exageros, mas eu vi melhoras significativas em relação aos 2 anteriores