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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Whiplash: Em Busca da Perfeição

Título Original: Whiplash (EUA , 2014)
Com: Miles Teller, J.K. Simmons, Melissa Benoist, Paul Reiser, Austin Stowell e Nate Lang
Direção e Roteiro: Damien Chazelle
Duração: 106 minutos

Nota: 5 (excelente)

As vezes esses subtítulos que colocam nas traduções dos filmes no Brasil até fazem sentido. “Whiplash: Em Busca da Perfeição” fala justamente sobre essa busca na relação entre professor e aluno. Qual o limite do esforço para se tornar um grande músico? E qual o limite que um professor pode impor a seus alunos? O filme mostra essa relação de limites de maneira brilhante graças um show de interpretações de Miles Teller e J.K. Simmons.

Teller vive um baterista de jazz que estuda em uma das escolas de música mais importantes dos EUA e sua vontade é se tornar um grande músico. Durante um ensaio ele acaba chamando a atenção de um professor, vivido por Simmons, que é uma lenda no lugar pelo seu jeito de lidar com os alunos. Começa aí essa relação entre aluno e professor que irá levar o jovem músico ao seu limite físico e emocional.

Essa relação entre aluno e professor já foi explorada muitas vezes no cinema e esse limite da exploração emocional também, talvez não na parte musical. Um exemplo é o sargento Hartman vivido por R. Lee Ermey em “Nascido para Matar” de Stanley Kubrick. O que acaba fazendo a diferença aqui é a interpretação e a química entre Teller e Simmons. Eles exploram muito bem essa relação. E é interessante ver como o jeito que o professor trata os alunos muitas vezes causam risos, apesar de todos os absurdos.

Miles Teller era baterista de uma banda quando era adolescente então ele era perfeito para o papel. Precisou apenas tomar umas aulas para aprender a tocar no estilo jazz. E seu esforço físico e emocional no filme é impressionante. Ele literalmente deu sangue pelo personagem (depois de assistir o filme vocês vão entender o que eu estou falando). Simmons também sabia tocar piano e voltou a toma aulas para se preparar para o papel.

As cenas musicais com a banda tocando também são muito boas e muito bem editadas para dar ritmo ao mostrar detalhes das pessoas tocando seus instrumentos. A cena final, por exemplo, é impressionante e da vontade de levantar para aplaudir no final.

Não faltam, é claro, referências pop ao mundo do jazz e teoria musical. Não sou muito entendedor do assunto, mas algumas são boas e fáceis de pegar. Vale citar por exemplo que o nome do filme Whiplash é uma música clássica do gênero.
Uma história simples e emocionante que consegue captar muito bem o mundo musical falando sobre quais são os limites que uma pessoa pode chegar para tentar se tornar o melhor naquilo que faz e até onde um professor pode ir para forçar seus alunos a chegar nessa perfeição e mostrar que seus métodos podem até soar absurdos, mas que de alguma forma funcionam (risos). 

Um comentário:

Marcio Melo disse...

Aquele solo final de 9 minutos é pra levantar e aplaudir de pé realmente.

Filmaço, muito pelas atuações e pela doação de Teller no papel.