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domingo, 2 de março de 2014

12 Anos de Escravidão

Título Original: 12 Years a Slave (EUA , 2013)
Com: Chiwetel Ejiofor, Benedict Cumberbatch, Brad Pitt, Michael Fassbender, Paul Dano, Quvenzhané Wallis, Sarah Paulson, Paul Giamatti, Garret Dillahunt, Michael K. Williams, Taran Killam, Alfre Woodard e Lupita Nyong'o
Direção: Steve McQueen
Roteiro: John Ridley
Duração: 133 minutos

Nota: 5 (excelente)

A escravidão foi uma das piores coisas que aconteceram na história da humanidade. Mesmo 200 anos após seu fim ainda é possível ver sua influência presente até hoje. “12 Anos de Escravidão” é um filme incrível mais do que por ele em si, mas pelo que ele representa. Apesar do cinema já ter usado o tema em diversos filmes esse sem dúvidas é um dos mais importantes. 


Isso porque ele é baseado no livro escrito por Solomon Northup, um homem negro e livre que foi enganado por uma oferta de emprego, acabou sendo sequestrado e vendido como um escravo. Então iremos acompanhar os 12 anos de escravidão, do título da história, que ele passou longe de sua família tendo que trabalhar como escravo. E não adiantava ele tentar lutar porque senão sua situação iria piorar.

Iremos então acompanhar sua trajetória enquanto passou por alguns “donos”, uns mais benevolentes e outros mais cruéis e ensandecidos. E através desses acontecimentos o filme tenta entender e mostrar o comportamento da sociedade perante a situação da escravidão. Seja tentando explicar de maneira religiosa ou de como os brancos tinham direitos sobre os negros como uma propriedade e logo podiam fazer o que quisessem com ela.

O filme tem pelo menos 2 grandes momentos que retratam bem a situação. Um ao mostrar Solomon sendo enforcado e outro quando um outro personagem está levando uma surra de chicote. Mas ao longo de pouco mais de 2 horas iremos acompanhar esses e outros momentos que apesar de serem talvez menos impactantes não deixam de ser menos importantes.

O diretor Steve McQueen faz um filme em modo mais tradicional do que o anterior “Shame”, mas nem por isso não deixa de manter o seu estilo em alguns momentos mais contemplativos. O fato dele ser negro também faz com que o filme ainda tenha uma importância maior em seu significado.

E McQueen conseguiu reunir um elenco incrível! A começar por Chiwetel Ejiofor no papel de Solomon que sem dúvidas é o papel de sua vida. Ele é a alma da história e está presente em quase todas as cenas. O restante do elenco tem papéis menores em duração, mas alguns chamam muito a atenção. Impossível deixar de citar Lupita Nyong'o que estreia muito bem na carreira de atriz e tem momentos muito importantes na trama no papel de Patsey, uma escrava que sofre bastante nas mãos de seu dono interpretado por Michael Fassbender, que mais uma vez está presente num filme de McQueen.
McQueen realiza um filme incrível com bastante sensibilidade e cuidado para que as cenas de violência não soassem gratuitas e sim importantes para retratar o realismo e crueldade das situações. Um filme importante, como falei inicialmente, não só por ele em si mas pelo que ele representa. Talvez o melhor sobre o tema da escravidão e um dos mais importantes.

Um comentário:

Marcio Melo disse...

Um filme realmente incrível e que, merecidamente, levou o Oscar de melhor filme